Agora e só agora eu não vou me obrigar a voltar pro chão
Agora e só agora eu não vou me reduzir por segurança
Não irei me desmentir por medo, não irei me comprometer com o descompromisso
Não deixarei que um sussurro me parta em duas
Respeitarei o limite entre o direito alheio e o meu alívio
Não me acovardarei, não descreditarei, não protegerei, não me protegerei
Farei minha oração, eu serei minha, eu me doarei a quem me doar, a que me doar
Todos os cumprimentos e censuras, alinhados com precisão e bem dispostos
Não me permitirei ser esmagada pela frivolidade, pressa ou gentileza aparente
Isso não é sorte, nem prerrogativa, nem fácil, nem simples
Não é o que resta, não é capricho
Apenas dependente da direção da mente e do espírito
Indiferente ao que está ao redor
Sem atalhos, sem escadas, sem facilidades
Em busca da concordância interior, mas sem me punir quando não a possuir
Eu rasgo a teoria, eu corto meu conforto, eu acordo em meu sono
Eu levanto em mim, por mim e só agora
As estrelas, a quem mergulhar fundo
O óbvio, a quem se impede
A quem se limita, a quem se enquadra por não ter escolha
Por não saber aonde ir por pura conveniência e conforto
O que eu quero, que eu vá em frente e o toque
Além da minha medida, só agora
No momento em que minha enfim plenitude reflete a obrigação de ser
Serei
No momento em que satisfação pessoal se mostra maior do que tudo
Flutuarei
Sobre tudo em direção à minha leveza
Em direção à minha grandeza
Seja ela qual for ou se for apenas minha.
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