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sábado, 30 de junho de 2012


Embora os opostos se atraem, eles não se pertencem.
Ainda que romântica, ainda que fascine, a diferença pesa e uma hora quebra.
E quebrou.
Não é o primeiro. Não vai ser o último.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Not Your Kind of People - Garbage (resenha)


- 10/10
Quando a poderosíssima vocalista ruiva, Shirley Manson, disse que a banda estava de volta ao estúdio em um vídeo postado no facebook oficial da banda depois de um longo hiatus aquele foi um dos dias mais felizes da minha vida. Descobri o Garbage em 2005 através do Gran Turismo (Playstation), onde constam duas músicas da banda na trilha sonora do jogo ("As Heaven is Wide" e "I Think I'm Paranoid"). A batida, o estilo e o fato de haver uma mulher à frente de uma banda (Coisa que sempre me causa uma curiosidade maior ao descobrir uma banda nova. Em uma atualidade dominada por "divas pop" que usam e abusam de todos os recursos possíveis para chamarem a atenção, quase sempre anos luz distantes de sua música, descobrir uma mulher com grande qualidade vocal e artística e que utiliza-se desse recurso em primeiro lugar e faz um ótimo trabalho vem se tornando extremamente raro). Foi amor à primeira vista e logo fui garimpar avidamente a discografia da banda que, com a sensacionalmente fascinante Shirley Manson, conta com nomes como Butch Vig, produtor de álbuns "sem importância" como Nevermind (Nirvana) e Siamese Dream (Smashing Pumpkins), Steve Marker, também produtor e amigo de faculdade de Vig e Duke Erikson. Logo, a banda virou um vício e Shirley se tornou uma inspiração para mim. Naquele tempo, eu conseguir viver um pouco a época do "Bleed Like Me" (2005) e depois se seguiu um silêncio profundo sobre o destino da banda. Agora eles estão de volta e lançaram em maio seu quinto álbum de estúdio "Not Your Kind of People".
Quando Shirley Manson disse que a banda não estava procurando inovar, ao contrário, estava voltando às origens, realmente não estava mentindo. O conjunto da obra parece mesmo como se Version 2.0 (1998) e o supracitado Bleed Like Me (2005) tivessem se fundido. Muitas batidas eletrônicas, característica conhecida da banda, junto à bateria forte de Butch Vig, guitarras distorcidas de Duke Erikson e Steve Marker e, claro, a voz sexy e marcante de Shirley Manson.
A faixa que abre o álbum "Automatic Systematic Habit", extremamente eletrônica que parece até um hit de Madonna. Talvez como Madonna deveria soar hoje se tivesse seguido o curso natural de seu estilo e não tivesse decidido se meter com essa farofada do eletro-pop. Pode causar certo estranhamento pela quantidade de sintetizadores e até uma voz robótica de Shirley antes dos refrões finais, mas não deixa de ser contagiante e empolgante. Depois vem "Big Bright World", um pouco menos agitada, ainda com artifícios eletrônicos, mas já é possível escutar viradas de bateria. O refrão me lembrou um pouco "Boys Don't Cry", do The Cure.
O álbum segue com o primeiro single do álbum, "Blood For Poppies". Muito mais orgânico e ressaltando as guitarras. Sem dúvidas apropriada para o rádio, apesar de Shirley dispensá-lo ("I don't know why they are calling on the radio/They know I'm here just out of sight"). "Control" começa com com um ritmo mais devagar, tendo uma explosão e crescendo aos poucos mais pra frente. É possível até escutar uma gaita, elemento até então inédito na música da banda.
Logo após vem a faixa-título "Not Your Kind of People". O ritmo diminui para uma relaxada. "Felt" lembra um pouco "Breaking Up The Girl" do Beautiful Garbage (2001), mas como se tivesse sido refeita no estilo do Bleed Like Me. "I Hate Love" e "Sugar" poderiam estar no Version 2.0. A primeira faz o estilo de "Temptation Waits" e "Hammering In My Head", a outra já soa mais como "The Trick is to Keep Breathing". "Battle In Me" é com certeza a minha favorita. Tudo nela é contagiante. Destaque para a energética bateria de Butch Vig no refrão.
"Man On A Wire" começa com um riff promissor e deságua em um refrão bastante animado. Com certeza deve ser, no mínimo, delirante ao vivo. O fecha álbum com a baladinha "Beloved Freak", onde se pode ouvir alguns pianos e Shirley canta "you're not alone". Muito bom saber disso, Shirley. É um ótimo álbum para brindar a volta da banda que reune o que o Garbage sempre fez de melhor. Sentimos muito a falta de vocês durante todo esse tempo em hiatus. Nunca mais nos abandone.

Essa semana, a banda anunciou no twitter que virá ao Brasil, mas ainda não se sabe quando, nem quantos shows serão. Fica a torcida para que a banda vá ao maior número de capitais possíveis.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Eu queria


Eu queria que todos aprendessem a tocar piano
Eu queria que todos começassem a questionar supostas verdades absolutas
Eu queria que todos olhassem pro céu e vissem além
Eu queria que todos não pudessem tirar os olhos de você
Eu queria que todos se importassem também com as letras das músicas
Eu queria que todos pudessem fazer (boa) música
Eu queria que o mês acabasse mais rápido
Eu queria esperar sem me dar conta
Eu queria separar o joio do trigo mais fácil e mais rápido
Eu queria dormir melhor
Eu queria acordar melhor
Eu queria uma fonte inesgotável de chocolate gratuito
Eu queria piscar e ter certeza do que estou vendo
Eu queria que todos calassem a boca
Eu queria o mundo
Eu queria agora
Eu queria ter certeza
Eu queria que você ficasse
Eu queria que você bastasse

terça-feira, 26 de junho de 2012

7.700 Miles

I've left half of a life rooted deep behind
I've closed all the doors to make it prevail
I wanna lie on the floor and breathe my inside
I'll change every second until them dovetail

In a brave new world

I'll let my heart beat with violence
Slide and drift lightly through my veins
Forever or for a single distant while
Until it'd be heard from 7.700 miles

I've left an unknown hope to blow warm
I remember the words and I understand
I feel their taste and I love it in any form
I'll move every reason 'til it fits my hands

In a brave new world

I'll let my heart echoing flawlessly
Unravel and make a shelter of me
Forever or just and only now
And it'd be heard from 7.700 miles

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Por favor

Eu queria apenas um único momento de felicidade plena. Eu queria estar feliz por estar feliz. Tudo, de fato, tem um preço a pagar, mas, por um momento, eu queria que o preço fosse justo. São perdas permanentes e ganhos temporários, que porra é essa? A vida não é justa, ótimo, mas você faz sua sorte. Você corre atrás, você se mata para conseguir, consegue e precisa morrer mais um pouco ao perder antigas conquistas. Por favor, um pouco mais de segurança, de satisfação no final do dia, de sono imediato ao deitar a cabeça no travesseiro. Um pouco mais de chão e um pouco menos de parede. Um pouco mais de vida, um pouco menos de morte. Um pouco menos de taquicardia, desconfiança e falta de ar. Mais expansão, menos esmagamento.

domingo, 24 de junho de 2012

7.700 Quilômetros


Eu deixarei meu coração bater com violência
Escorregar-se e se derivar levemente por minhas veias
Para sempre ou por um único momento distante
Até que possa ser ouvido a 7.700 quilômetros

Deixarei que ecoe sem culpa
Mover-se e se adaptar ao que tem que ser
Por agora ou por muitos outros mais
E ele poderá ser ouvido a 7.700 quilômetros

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Surto: Ele


Eu queria transformá-lo em tinta e me tatuar inteira. Transformá-lo em cheiro e exalá-lo. Ou respirá-lo. Transformá-lo em água para que eu pudesse me hidratar. Torná-lo sangue para tê-lo forte, pulsante e borbulhante em minhas veias. Tê-lo como pele e curativo ao mesmo tempo. Um vento de outono, daqueles que bagunçam o cabelo, mas o deixa muito mais bonito do que quando passo horas na frente do espelho o arrumando. Que refresca o rosto, te faz fechar os olhos sem se importar em não saber o que vem pela frente. Apenas sentir que qualquer coisa é possível, linda é válida.
Indo assim e apenas indo. Um patrocinando a loucura do outro, a sanidade, a realidade e a fuga dela quando necessário. Só dizer "quero fugir" e ele compra a passagem. Pra bem longe porque sabe que é pra lá que vamos, não importa quantas vezes já chegamos e ficamos. Sempre tem um lugar mais além pra ir. E ele se torna tudo que eu quero. Torna-se o principal: o caminho. E está tudo bem.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Máquina Extraordinária - versão beta

Posso ser crua pelo tempo. Pela falta de tempo. Só porque ainda não é hora de evoluir ou dependendo do ponto de vista de outros. Logo, posso ser desconfiada. Viver assim como uma ostra, uma máquina extraordinária que diz "me dê tudo o que você tem, seja lá o que for, e eu transformarei e algo bom mesmo se não for". Não foi eu que inventei essa coisa de dor, eu só tenho que lidar com ela e eu estou aprendendo. "My method is uncertain, is a mess, but it's working". Enquanto permaneço ostra, me fechar ao me ver ameaçada é o que me manterá sobrevivendo. Desconfiar não é ofensa, é defesa. E se ofende, me desculpe, mas antes você do que eu.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Tori


Tori, I swore you have left the town
And just left your lilies dragged down
The promises made in my rebirthbed
Slowly fades and suddenly breaks
what has been said

I can't stop hurting myself
I can't stop dragging myself
I can't stop pushing myself
I can't stop, I can't stop

Tori, I swore in winter you'd be fine
But now certainties are going to die
Are we condemned since the day
We build our hopes and little choices
On things we've forgot to say?

I can't stop escalating myself
I can't stop remembering myself
I can't stop wondering myself
I can't stop, I can't stop

Carla

"J'en connais qui vont dire
Que je suis bonne à maudire
Et moi ça me fait sourire..."

domingo, 17 de junho de 2012

YANG, Cristina

“Have some fire. Be unstoppable. Be a force of nature. Be better than anyone here, and don’t give a damn what anyone thinks. There are no teams here, no buddies. You’re on your own. Be on your own.”

Hey Jupiter

"...Nothing is been the same
So are you gay?
Are you blue?
Thought we both could use a friend to run to..."

Constatação

Mais triste do que aquilo que já foi um dia, é aquilo que poderia ter sido, mas jamais chegou a ser.

sábado, 16 de junho de 2012

Tudo se resume à uma única questão:

Se não puder me dar o que eu quero, então eu não quero mais nada de você. Porque eu não tenho mais nada pra você, exceto aquilo que você não quer.

As Cumadres

Não costumo ser uma pessoa que recebe visitas. Talvez pelo fato de que eu nunca apreciei muito o costume de receber visitas. Quando minha mãe recebe as amigas, eu corria pro quarto e me trancava lá até irem embora, metade emburrada por perder minha liberdade, metade feliz por ter paz em meu quarto pra poder ouvir música, escrever no meu diário ou qualquer outra coisa. Lá era o meu mundo. Era bonito, era calmo. Apenas era e tinha somente a alegria de ser.

O tempo passa e o mundo da gente ganha mais gente no meio obrigatoriamente. Como era o mundo da minha mãe com suas amigas também é o meu mundo com as minhas amigas. É bonito com pessoas bonitas. Pelo menos era o que eu costumava pensar já que, mesmo no meu mundo no quarto, eu podia ouví-la rindo com suas amigas. O tempo passou e meu mundo ganhou mais gente. Que o deixou mais bonito, mas também o deixou mais sombrio.

Havia quem me fizesse rir, havia quem me fizesse chorar. Havia somente quem me fizesse companhia. Minha mãe me falou disso - "As pessoas nem sempre serão tão boas assim" - eu concordava e agora vejo. "As pessoas nem sempre serão tão boas assim". É mesmo.

Mas basta eu ser boa comigo mesma? Acho que sim. Tem sido. O meu mundo que há apenas quem me faça companhia. Não me faz rir, mas também não me faz chorar. Somente me alivia. Como por exemplo dona Criativa. Com todo seu meios e maneiras para ajudar a pensar, a acordar, a dormir sem lembrar de sua inseparável cumadre, a dona Mísera. Às vezes penso que é ela quem me alimenta e dona Criativa apenas me ajuda a filtrar o que entra e o que sai. Dona Criativa me faz pensar assim. Dona Mísera me faz pensar de todos os outros jeitos. Em muitos outros de muitas formas.

Dona Mísera me alimenta, mas não gosto dela, apesar de ser uma boa companhia. Dona Criativa é boa, mas tímida. Precisa de companhia para vir. De qualquer forma, a porta fica aberta. Dona Mísera deixa quem quiser entrar, dona Criativa escolhe a dedo. É um mundo, afinal.

Reservoir

And now for whom time seems not to pass?
Who seemed to have crawled deep into her core?
And I surrender for as long as I'll remember

And now for whom time seems not to pass?
Who seem to have crawled deep into the core?
And I surrender for as long as I'll remember

I close my eyes and brutally I'm pushed to see
Umconfortably testing the truth of my words
And the claims just falls limp and inane

The broken armor lies humble on my floor
I've punched on these glasses and hitted
what I was looking for
This is the truth I've beared, the yes I've said
And this reservoir that breaks violently
But floods in silent seething

Esse é o silêncio...

...Para escutar o que foi dito
É muito, é tarde demais, é muito reconhecível
Esse é o silêncio no espaço de expressão pessoal
Minha própria ditadura, um castigo, uma pressão...

sexta-feira, 15 de junho de 2012

This Grudge


"I wanna be soft and resolved
Clean of slate and released
I wanna forgive for the both of us"

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Rosa Morta


Houve pouco a regar
Mas muito se cultivou
E eu acreditei, deixei crescer
Viva em vácuo e amor

Houve tanto por brotar
Mas pouco a se fazer
E eu semeei e deixei se abrir
Existir para florescer

E agora
Após o tempo da colheita
As pétalas que se puseram à beira
Finalmente caem pelo chão
E agora
A coroa de espinhos que ceifou
A majestade que se anulou
Por um minuto de compaixão
E agora
Só resta a tua rosa morta

Houve tanta espera
Mas pouco se desdobrou
E eu alimentei, fiz chover
Sobreviver ao esplendor

I'm Sorry


This time I must suffocate my giggles and whispers
This time I must shut down my voice and my fun
I must tell the truth about how I was about to know faith
This time I must reconcile myself and be self-reliant
This time I must recover my concentration and expansion
As I reconnect with a new kind of spiritual self-increase

Now that it fits all the sizes
Now that I find myself perfectly familiarized
I choose to pretend I can't hear
What's screaming deafeningly back at me

I'm sorry for not standing my ground
I'm sorry for not have healed the wounds
I'm sorry for not being able to correspond
I'm sorry for not giving a damn
No one feels worst than me, my friend

This time I must recall what I've actually came here for
This time I must find another way to redeem my coldness
I must land back to where I don't know where I stand
This time I must redefine how far I should have gone
This time I must know the depth is the greatest of heights
As I discover I can't look for consolation anymore

Now that it fits to me to decide
Now that I see the real evil of all this time
I choose to pretend I can't see
The light that keeps blinding me

I'm sorry for not have cried for someone else
I'm sorry for have no shadows or past regrets
I'm sorry for keep my chin over your head
I'm sorry for believing love was just secretly kept
I'm sorry for not have made the transition
No one feels worst than me, my friend

I'm free to be limitless in the space I reside
And free to be growing at my own time
I'm free to see continuation in discontinuity
Whether it means delusion or the hardest reality
I'm free and I'm sorry for being so

Hot Knife




"I'm a hot knife - if I'm a hot knife-
I'm a hot knife if he's a pad of butter
If I get a chance, I'm gonna show him that
He's never gonna need- never need another"

quarta-feira, 13 de junho de 2012


A bruxa veio do nada, voando no cabo da vassoura, e ceifou a vida de João.
A história podia terminar aí, mal começada porque João era ainda uma criança, mas sua mãe não deixou.
Um menino tão bonzinho e amado, se finar assim de repente. Sofrendo horrível com a morte do filho, desesperada apesar dos confortos amigos, não se conformava: queria que ele continuasse. Pelo menos um pouco dele.
A mãe deu os olhos de João. Fez a doação para um banco de olhos, isso que a gente vê só de longe nos outros. Foi previsível que os parentes estranhassem, mais que isso, não entendessem, indignados quase, uma desnaturada. E contudo era simples ir refazendo o seu caminho, até lhe encontrar o coração no motivo. O mais bonito de João viveria.
E Maria, que há dois anos esperava, teve afinal esperança. E a operação de Maria, um transplante de córnea, se fez possível com um sucesso feliz.
E João e Maria de olhos dados seguiram, juntos e saíram do escuro

(Ricardo Ramos)

terça-feira, 12 de junho de 2012

These Promises of Mine

I believe in afterwards
And I believe in the world outside
Because the decision is only mine

If I'm running too fast
And the highway is forever as long as it'll last
Anyway I just feel the wind blowing on my face

My departure is not a desertion
My belief is a perception
That is time to see the sunrise
My choice is not an exception
My intuition is a direction
And these promises of mine
Looks like yours now

I believe in radiance
And I believe in morning light
And it shine so hopefully bright

My place is not a prison
My heart gives me a vision
And I see it with sedulous eyes
After so many seasons
My hope is still a reason
Why these promises of mine
Looks like yours now

domingo, 10 de junho de 2012

Epílogo Feminino

Um homem parte o coração de uma mulher porque não faz ideia do que acontece depois do "eu nunca mais quero te ver". Ele acha que acaba ali, que ela realmente nunca mais vai querer vê-lo e, pra ele, basta querer para poder. Ela fala "eu nunca mais quero te ver", mas ao entrar no quarto dela, ela o vê novamente em fotos, em presentes, em cada canto daquele quarto onde eles já estiveram juntos quando ele não a tinha feito querer vê-lo nunca mais. Pelo contrário, ele a fazia querer respirá-lo. Ela não pode mais respirá-lo, ela sufoca. Ela não o vê, ela o sente. E da cabeça aos pés, tudo parece arder. Até o piscar dos cílios. Depois que ela fala "eu nunca mais quero te ver", quem não vê mais é ele. Ele não a vê doente, então ela está bem. Ela não está bem, mas vai ficar só pro "eu nunca mais quero te ver" fazer sentido finalmente.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Como vovó já dizia...

A língua é o chicote do corpo. Eu cresci acreditando que quando você fala algo com tanta certeza, você deve sustentar até o fim, não importa quais sejam as consequencias. Você pode mudar de ideia, claro. E, se for o caso, pedir desculpas. Eu cresci acreditando que quando você expõe sua verdade, é necessário apresentar argumento que a segure firmemente frente a qualquer circunstância. Não tem como abrir o peito, gritar pra quem quiser que está disposto a levar um tiro pelo o que você acredita e querer desviar no último segundo. Se não afirma o que fala, é porque tem dúvidas sobre a veracidade das próprias palavras. É porque algo ali escapa ou é abafado. Meia verdade não tem interessa. É covarde. É incoerente. Se a história tem dois lados, não há nada de errado em querer ouvir a outra parte. Não tem certeza do que fala? Não fale. Principalmente quando tem muita gente pra ouvir. Principalmente quando pode machucar alguém. E imaturidade não pode ser desculpa nem pra agora, nem pra sempre. Pensar antes de falar não dói. Evita de doer.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Esse abrigo.

O amor talvez seja como uma moradia. Tem aqueles que têm a paciência e a riqueza de consertar cada tijolinho que desfacela com o passar do tempo. Outros apenas procuram uma casa nova pra morar. Também há aqueles que preferem um apartamento, e aqueles que só perambulam de hotel em hotel. Mas é sempre necessário um teto acima da cabeça para sobreviver.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Ponto final

Porque uma hora cansa. Porque uma hora perde a graça. Porque uma hora já não é mais legal, e sim desnecessário. Não dá mais, não tem mais como, não cabe mais nada, não tem espaço pra intervenção. Não tem saúde, não tem tempo, não tem paciência. Acabou e é isso. Eu, sendo a pessoa mais pessimista desse mundo, consegui ser por muito tempo extremamente e extraordinariamente otimista nesse caso porque eu queria acreditar que ia dar certo. Que ia mudar. Que ia ser bom. Foi, mas não foi. É, mas não é. "Só estou sendo verdadeiro", verdadeiramente filho da puta, o que adianta? E não tenho mais saúde pra aguentar ganhar só o merecido e perder muito mais que o planejado. Não vai mudar, não vai evoluir, não vai acontecer. É isso aí mesmo em definitivo. Então it's over, it's done, I quit, I give the fucking up. Não dá mais pra ficar batendo palma pra gente que merece garrafada de mijo. Fez algo errado ou deixou de fazer o certo? Então lide com as consequências. É assim com todo mundo, certo? Certo. Certíssimo. Justíssimo também. Acha que o mundo roda ao redor de uma existência que se acha o centro do universo? Problema é seu. O meu universo não tem espaço pra gente egocêntrica. Há muito já deixa a desejar e age como se estivesse no topo da sua forma. Honey, wake up and smell the fucking coffee. Então chega de bancar a otimista quando tá tudo cagado. Chega de acreditar que a podridão tem um lado bacana. Chega de pensar que tudo tem um bom motivo que enobrece toda a causa. Chega de ficar patrocinando babaquice dos outros. Já tem gente demais achando legal o que já matou muita gente. E não vai mudar. Se sempre foi assim, continua sendo assim e não dá sinal sequer que vai parar, então eu paro por aqui mesmo. Quer ser imbecil, idiota, babaca, infantil, escroto, filho da puta, egoísta, que, no fim, só emputece mais do que realmente agrada e ainda acha que todo mundo tem que entender? Reclama que ninguém leva a sério, mas não se dá ao respeito? Acha que todo mundo só chega pra encostar, mas não filtra o círculo de relacionamento e acha que tá tudo bem enquanto há dinheiro e vodka? Então fica aí à vontade. Tô aqui muito bem do lado de fora com os que já partiram pra outra e só observando os próximos que vão largar de mão. Não quer? Não vai? Não acha que deve? Acha que não precisa? Foda-se. Fica aí de boa com seu circo e o resto dos palhaços. Não vou mais tentar te impedir, te proteger ou te ajudar. Passar bem e um bom dia.

domingo, 3 de junho de 2012

Heaven At Night


Allow me to dream this time and I will
This chill belongs to something far from here
Craving the grace I can see so clear
If hearts must beat, let them flood the silence
With violence flowing out for all my senses
I look up to the sky and I know how many
steps will take me there

Nowhere must be my home
And dubiety be my guide
The darkness I might belong
But I'll always be at heaven at night