Dê ao homem liberdade e ele pulará de um penhasco achando que tem asas. A euforia individual na queda é diretamente proporcional à coletiva ao atingir o solo e sempre do alto de uma benevolência abusada, embora sempre voluntária. A refrescância que o vento no rosto trás durante a queda se torna a desculpa ideal para continuar caindo e nunca alguém poderia pensar que chegaria tão longe tendo tanto medo assim. E o depois? Não, não tem depois. Não é para haver um depois. E ali está, sentado à meia luz da alma numa sala torpe que é tida como segura, mas é só impenetrável. No silêncio após o estouro que aprisiona tua ânsia de voltar a ser vida, mas que gira débil em torno de ambições tão completas que o tornam escasso e nulo. O pretexto perfeito para se desconstruir um pouco mais só para dar razão à existência, sem nem mesmo levar em conta que talvez não seja capaz de sustentar mais uma implosão da alma e o trabalho exaustivo para se reconstruir depois. De fato é incapaz de sustentar. De se aguentar por contra própria. De qualquer forma, desaba impune em cima de quem quer que esteja ali na fundação até que o último pilar o deserte irreversivelmente, como se fosse barato ou simples ou natural. Não é. Nunca vai ser. Mas ninguém aqui se importa. Mais.
"All I want is to save you honey, or the strength to walk away".
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