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quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Win or Win


"You have more 520 miles ahead"
The anonymous talking lady said
Some money left and good advices
100 times greater than your pocket
But just the size of your head

Every turn of the wheel begs for you
To be previewed in a blink of his eyes
In the blow of the cold wind from up here
Standing in front of your own imaginary line

Girl, this is the end of the winding road
Your inner devil taking the hindmost
Or the purest kind of enduring love
Girl, this is the lowest you will get
The way for another nowhere
Or the bravest you've been
This is you breaking the fate again
This is win or win

"It's a beautiful death if you need to"
But all my seven lives are living proofs
And soon the ice will flood his way
He may try to vanish this from his life
But this is just who he is
And there's no escape
Whatever he tries to say

If we're still locked in formers standards
Yes dear, you now owe me this
You owe me the door open
The giving in and letting me in
This is win or win

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

O Caminho de Scarlett

Scarlett, tão quieta e expansiva. Tão serena e discretamente barulhenta. Tão ruiva e pálida. Tão contemplativa acima de Ventura. Sua pele e pensamentos pareciam ferver, mesmo que um vento a obrigasse a se abrigar em um charmoso moletom vermelho. Sentia-se vazia e ao mesmo tempo transbordava algo que ela não sabia definir. A palavra que se aproximava talvez fosse "esperança". Recusava-se a carregá-la consigo pelo perigo que trazia para ela. Era solitária e abrangente. Abrangia inclusive sua solidão e tentava mudá-la, mas era perigoso. Soube que ele poderia ser uma coisa de uma vida inteira, que a preenchia e amava.
Caminhando até o norte (onde quer que o norte fosse dar), tinha um livro em mãos. Em meio às lentas piscadas desfrutando do vento que lhe acariciava os cabelos vermelhos com o capuz abaixado, lembrava-se de quando tinha uma aposta sobre os dois e brincava com a possibilidade de sua existência. "Quem poderia imaginar?", dizia para si mesma. Aconteceu e era o bastante para ir em frente. O ciclo natural do destino se quebrou quando ele a abraçou e ela respondeu. Ela gostou. Não gostava de muita coisa já fazia muito tempo. Agora queria ver o que estava por vir. Mal haviam dado as mãos e um passo em frente e tanta coisa já apontava a contra-mão. Teve medo e ele a segurou forte em seus braços. "Eu aguentarei até quando você não aguentar mais", ele disse. "Eu prometo". Ela se desfez ao sabor daquela projeção rouca tão perto daquele jeito. Poderia ser o bastante para permanecer naquela direção por mais um tempo. Não ouvia promessas com frequência, era preciso valorizar aquela. Era a única e era linda.
Ela continuou a caminhar naquela mesma direção. O vento a fez colocar a franja para trás das orelhas para que não atrapalhasse a vista. Não enxergar era só que faltava. Não podia se dar ao luxo de não ver. Sentiu algo cair do livro que carregava. Era uma foto, já antiga naquele ponto. Era uma foto da viagem dos dois para Novo México, no começo daquele ano. Ele tinha uma casa lá e eles precisavam fugir para um lugar onde não houvessem sinais de que não era para estarem ali, tão pouco juntos. Quem sabe até, onde pudessem ser apenas um. Meio como um ser a marca registrada do outro. O nome de um ser o sobrenome do outro. Eram horas e horas de viagem de carro e só ele sabia direito para onde estavam indo. Ela o observava dirigindo e pensava. Era livre, independente, solta, bem disposta, tinha seu próprio carro e pra muitos lugares, ela preferia ir dirigindo sozinha, mas oh deus, ele bem poderia assumir sua direção bem quando quisesse. "O que procura aqui?", ela disse. "Algo para procurar", respondeu enigmático. "E você vai me ajudar, o que acha?", disse sorrindo. "Acha que vamos encontrar?" ela perguntou. "Me diz você". Sim, ele poderia dirigir muita coisa em sua vida.
Scarlett passou o dedo pela foto meio amassada, deu um suspiro para voltar para onde estava e a rasgou. Passou por uma lata de lixo e a jogou lá. Sem olhar pra trás. Era preciso recuperar a autoridade de si mesma agora. Já tinha a direção, já tinha como ir, só faltava querer. E queria muito. Já estava indo inclusive, e com força total. Com gana e vontade de chegar, ainda que fosse só pra dizer que saiu do lugar, onde quer que fosse chegar, assim como estava fazendo naquele momento.
Encontrou um sebo em seu caminho. Não queria mudar seu destino, mas não resistiu. Era um lugar bem arrumado e havia terminado de ler seu livro há pouco (pela milésima vez). Era triste como um bom livro sempre é. Havia comprado aquele livro em uma livraria elegante no centro. Já tinha ouvido falar muito, mas sempre maus comentários. E se ela gostasse? A capa era agradável aos olhos e reparou que aquele era o único exemplar na estante. Ele mereceu a chance só por intrigá-la. Agora estava ali naquele sebo, prestes a trocá-lo. Olhou para a capa novamente, folheou o fim que sempre a fez se desmanchar em lágrimas não importava o humor que estava, fechou-o novamente e o entregou. Pegou dois outros livros, um que costumava ler quando era pequena e sempre quis tê-lo de volta e outro com uma aparência de semi-novo que nunca tinha ouvido falar. Motivo bastante para levá-lo. Saiu sem olhar pra trás.
Queria logo ler aquele que nunca tinha ouvido falar sobre. Quanto mais se informava sobre a história contida, mas ansiosa ficava. Continuava a andar e queria ler, mas não conseguia fazer ambas coisas ao mesmo tempo. Não, não esperaria chegar onde quer que fosse para começar a ler. Viu um taxi parado na esquina mais a frente. Soube na hora o que fazer. Entrou e pediu cordialmente ao taxista "para a 101". Pra sua casa.
Ela logo mergulhou em sua leitura e passava as páginas com rapidez impressionante. Era tão intrigante quanto achou que fosse. Na verdade, era ainda mais. Depois de um tempo, o taxi parou em um sinal e Scarlett levantou a cabeça. Olhou para fora e jurou ter visto alguém familiar. Ela continuou encarando fixamente o seu alvo e até tombava a cabeça levemente de lado para tentar reconhecer quem era aquela figura. O taxi arrancou e Scarlett perdeu de vista seja lá quem fosse. Não importava. Tinha sido um belo dia onde quase pôde provar o paraíso perfeitamente. No fim, aquele era só mais um que se perdeu em seu retrovisor.

Baseado em "A Sorta Fairy Tale" e "Scarlet's Walk", de Tori Amos.

Supernova

Tempted to try one of your sliced feels
And no one thinks the price was already paid
Dragged and brought by what I thought I knew
What a felon time my mind to start to fade

I held myself on my tongue for weeks
Now you wonder with well-timed curiosity
Why we're in the same room again
Maybe we both want the same thing
Though not for the same means
And I just seen not in the same kind either
Tonight

I hold my breath
but I forget we're locked in silence
The individual violence of
How we were shutted down
For the first time
you thank god for sabotaging yourself
and undress me like if I was somebody else
I dare to say you have your old self
with old feelings though you don't seem to care

Maybe I got tired of this one way compassion
No exception, things shall go and never come
When it blown inside there was something to recognize
When it expand brightly I swear I almost felt home

Will you keep your noise shut?
Because you have to
So it can be a proof in your favor
That the flavor of your words now tastes
The way you said they do
Though there's nothing more in this vacuum

An infinite space and none of us can breathe
No longer good, just lonely, suffocating and empty.
Someone who feasts into the scraps of what it once were
And tears apart the nothing that had become
It's sad to see how conveniently your sensibility comes

domingo, 19 de agosto de 2012

Beloved Old Ghost


I know how all these days starts
And how they're all meant to end
And they lose sense when it flies by
Still my sweet contagion recognizes me
And it defines me as I'm cut and alight

The bent centennial piano keys
May start sounding on their own
The harp bloodstained strings
May start resounding alone
And any voice may intone
During fall and winter nights
But the beloved old ghost
deserved a lullaby
Tonight

Truths meets voices as I hear
And noises grows, but they won't explain
What fades now is time that I don't know
When all lights ache and burns in this overturn
And I can only wait for them to die

I see for an afflicted instant
The distance may confort the soul
May ease the inquietude
The solitude of exceeding the tissue
Hovering over the old and the new
I reach for this sudden jolt
To hold the flame of a redemption
My assumption to make this less severe

sábado, 18 de agosto de 2012

Amar, Descobrir-se

"Se amantes escapam a condição
A ação de falar ou fazer
Talvez se não fizesse parte do tempo
O sentimento de descobrir o que ser
E a promessa de seguir o caminho
Sozinho ou com alguém
Mas é tudo muito diferente visto de longe
O horizonte se derivando de ninguém

Um ato comum como acordar
O desabrochar para a vida
Finalmente você está aqui para tudo
Para o mundo novo de páginas não lidas
Amor é um desafio malvado
Não importa o lado em que se está
Você nasce, cresce, se deriva e morre
É sua sorte achar alguém para amar"

Memórias da 8ª série. :)

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Prodigal Son

When winds swept the leaves and statements
When sunlight shown the real colors of mankind
By now, it's plain useless to introduce yourself
And everybody else hate to know who you are

Shutted down and muffled for the third time
In the end of your name in the dotted line
A sparkling devil will be waiting on you

Welcome back, prodigal son
Sail on, though not missed as much
Locked forever in your own cage
The hunted in your own chase

There were cries of celebration and soirees
When hell was given to the other side of story
Maimed and sold by cheap power in the end
And it slowly break the fence to the next tragedy

Welcome back, prodigal son
Sail on, though not missed at all
Frozen into who you'll always be
Never will have the taste of being free

Debouching in this damned realm
You already are what you've become
Pretending to run and drain into light
And believing someday you'll arrive

Aim of doubt when has betrayed
with a kiss for flesh of light

domingo, 12 de agosto de 2012

Knife

How you doin', little daughter
Why you hold these ashes in your hands?
Don't you know I still try hard
To leave mine ones on you while I can?

How you doin', long-time prey
Your insignificance shouldn't be a surprise
I came to see what you have to say
I love to see your ruin with these same eyes

I came to remind you the mess I am
I needed to remember you of your unfair slight
I love you, but I must see you bow down to me
I'm the one who can plug in this knife

How you doin', little deceived know-it-all
Why can't you scream your pride no more?
You probably know why you're not there
Why you're neglected, unloved, ignored

You'll pay me back with aching joy

I came to remind you the hell I was
I'm always longing for your innocent oversight
I love you, but I must see you coming back
I'm the one who can plug in this knife

Ressaca Moral

Essa cidadã de carne fraca e alma atentada reserva-se em seu direito de não produzir provas contra si mesma durante eventuais resenhas.

Fui Amy e me trai, como eu sabia que ia acontecer.

Parece haver mais hoje do que ontem. Deveria continuar existindo só água, luz, esperança e pressa.

Divertido, foi. Agora me deixa em paz. — dont you bring me your case, dont bother to explain.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Butterfly Effect

You and me once maimed and sliced
Hung to the little shards of ray outside
You and me a spirit to be shut and hidden away
Made to never see the light of a free day

You and me plan to go and quickly arrive
In many different ways, but in full speed
You and me climbing over ourselves to survive
We are waiting thirsty and in urgent need

In the frequency of a numb act
In the shift of a drop of tear
The wind was blown and delivered here
In the ledge of a deaf squeal
In the air sprain of a stroke
Reliance evolves around what was broke
And keeps from yielding
rue for the untied

You and me detaching from venture
Yet compelled to keep this debenture
You and me pendent of a same elation
But one of us have to give in to deflation

[Oh, how dare you]
Until this edge bend and finally break
Until both ends touched in acceptance
Until it'd ok to revere omitting overthrows
[Oh, how dare you]

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

SDCSS

Em meio a pensamentos infiéis à realidade, independentes e autossuficientes, o silêncio me obriga a me ouvir quando até minha respiração soa distorcida e paranóica. Como uma síndrome de deficiência de canal semicircular superior. O silêncio exterior me tranca de fora pra dentro, me puxa de volta da minha superfície, mal permite sequer um filetinho de razão. Por favor, acabe com tudo. Foda tudo logo, quebre tudo, quebre a cara ou me quebre logo. Mas não me deixa em silêncio, pelo amor de deus. Eu preciso de barulho pra saber se eu estou surda ou se estou só no lugar errado, ou se onde estou pode se torna o lugar certo algum dia novamente. Eu preciso de caos. Com ele eu escrevo depois, tudo bem, não importa, mas eu quero som fora de mim seja ele qual for. Quero que perceber que há vida do lado de fora, porque a vida aqui dentro me ensurdece e anula os sentidos. Quero um despertador, um toque de celular, quero que alguém aperte a campanhia mesmo que saia correndo depois.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Do Avesso

Castelo de cartas viradas
O fim antes do meio
Copo vazio ao invés de cheio
O desencanto do elogio
Rotina do incerto
Morrer de frio no inferno

Eu te li errado
As páginas rasgadas por você
Não guardam por muito tempo
O que você quer esconder
Até a ausência pode falar
que nunca houve intenção de estar

Devolva seus votos
Suas cartas
Seus fins, seus meios
Estamos aqui
De verdade, do avesso

Reflexo, complexo
Linhas denunciam, mas a pele não
Então tua epiderme perfeita
Disfarça o quanto feias suas palavras são

Você foi apresentado do avesso
O perfeito efeito do veneno

Sete Vidas

De Clara Averbuck

Cá estou eu, atirada no chão. Sozinha, quietinha, sem escândalo. Quando chega alguém, levanto ligeiro, com as pouquinhas forças que me restaram. Eu, sempre enorme, encolho e desabo quando não há ninguém por perto. Escorro entre cinzeiros e copos e garrafas do que sobrou do meu quarto e fico imóvel.

Às vezes eu choro.

Ainda tenho algumas lagriminhas guardadas e elas sempre pingam quando menos espero. Estou ali existindo quando elas sobem e chovem e eu choro e o sentimento de abandono me inunda. Não suporto bagunça, mas faz dias que meu quarto está inabitável. Não quero arrumar nada. Arrumar seria esquecer e sacudir a poeira de tudo. Não quero. Recuso-me a sacudir meu muso dos lençóis. É só o que me restou.

Fico imaginando como seria se você fosse verdadeiro. Se você fosse sincero, não tivesse criado todos os atos e máscaras para me enganar e tentar fugir de si mesmo. Pobre de ti, meu falso amor. Não sabia que encontraria em mim tudo o que não conseguiu ser. E que fugiria, tentando me jogar para trás e ignorar o grande covarde que é. Contando para o mundo o que viu em mim e rindo, como se me desprezasse. Tentou me transformar em mais uma boceta na sua vida, mas sabe, todos sabem que não. Quis ser o maior filho da puta que já pisou na terra para tentar salvar seu ego frágil e invertebrado de menino que naufragava cada vez que olhava para si mesmo, quis me afogar e continuar flutuando. Até que me jogou para longe e nadou até a terra de ninguém, achando que estaria livre de mim.

Não, meu querido. Você nunca vai se livrar de mim. É como querer se livrar do céu. Você nunca vai se livrar de mim. Para o resto dos seus dias, estarei presente como o ar, sempre à sua volta. Você vai se debater e tentar trancar a respiração, enterrar a cabeça no chão e me desaparecer.

Eu não desapareço.

Minha onipresença será o seu castigo. Mas não pense que vou te esnobar, pisar em você, te punir. Eu não. A vida se encarregará de você. Eu não. Vou sempre te olhar com tristeza, com saudades do que não chegamos a ser. Vou pensar na vida que não tivemos, nas manhãs que não existiram, nos anos que não passaram. Nos filhos que não fizemos, nas rugas e cabelos brancos que não cultivamos. E droga, como quis isso tudo. Como dói pensar que você jogou nossa vida fora. Estragou tudo e escolheu nos afogar. Nos matar. E conseguiu. Você nos matou.

Ainda bem que nós, gatos, temos sete vidas.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Tons de cinza

O mundo pode ser cruel o quanto o for conveniente ou seja apenas a natureza das coisas. Alegrias violentas têm fins violentos, já dizia Shakespeare. Tudo o que vai, volta. Normal. Naturalmente se chora a perda de algo apenas por ser aquilo que o é. Nem mesmo se considera vê-la de outro ângulo, como virar uma peça de quebra-cabeça até que se encaixe no espaço. O senso comum determina um suposto sentido considerado certo e tudo ao contrário daquilo é errado. O mundo é preto, ou é branco. É feliz aquele que ri, e aquele que não esboça nem uma entortada no canto da boca é infeliz. E a infelicidade é certamente uma maldição. De forma egocêntrica, a perda dói e tudo que dói é ruim. Somos levados a acreditar a vida inteira que tudo que é ruim é necessário ser evitado, ao invés de ser enfrentado para saber como lidar, e então crescer e qualquer outra circunstância dolorosa ser superada com mais facilidade, ou até nem se tornar uma circunstância relevante futuramente e resolver isso depende de cada um. Existem 256 tons de cinza não é a toa e a intensidade das coisas é relativa. Você vira o problema de cabeça pra baixo ou você fica de ponta cabeça para encará-lo ou procura qualquer outra solução que te satisfaça completamente até que possa, de certa forma, confortar e amenizar a urgência por um espaço para respirar em uma atmosfera rarefeita.

domingo, 5 de agosto de 2012

Self Destruction Button



I don't care if you don't need
What you got caught stealing
While you try to repair and repay
It's too late if someone's selling

It's just another excuse to rent
Though what you went for doesn't have
a plain face
You learn to swim and float so rightly
It rows against you logically, but this is
at their stake

You never had to trust me
You never had to hold me
At places higher than you have yourself upon
I don't need you to resist
I don't need you to persist
Building on where is always dead and gone
Though we're not gonna crack tonight

I don't care if you had swallow
Again more than you can consume
Meds and fingers down your throat
A state of mind to be abused

In order of a free addiction
Always in friction with intentions
And demand
It's carved into time and place
Buildings that shake and die by
it's own hands

You wanted freedom and made yourself a rule
You've made it with rue and despondent will

sábado, 4 de agosto de 2012

Cloudy Day


I get up with late thoughts of reinvention
And shades of rain running through my skin
As I pick little drops of me from the ground
Waking up slowly from little sliced dreams

I march on through tough cement walls
Among many tough cold cement prayers
It overlays the frazzle, but it's always there
In an old-fashioned showcase with dull glare

I'm where I want to be
And no joy wields me
No mercy I shall obey
Anyway, it's just a cloudy day

I wave at the demur and cards left behind
And the puzzle I've scrambled myself
The promise on the shelf is arid in it's den
It never asked to be handled and ruined then

I'm halfway to somewhere
In an out time carnival fair
I never knew it was too late
Anyway, it's still a cloudy day


Gente que morde a mão que alimenta. Gente que precisa apertar o botão de autodestruição. Gente que precisa fazer bosta só pra se distrair.

Olha, sem paciência.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

A Paixão Segundo G.H.


“O que eu era antes não me era bom. Mas era desse não bom que eu havia organizado o melhor: a esperança. De meu próprio mal havia criado um bem futuro. O medo agora é que meu novo modo não faça sentido? Mas por que não me deixo guiar pelo que for acontecendo? Terei que correr o sagrado risco do acaso. E substituirei o destino pela probabilidade.”
-Clarice Lispector, que sempre parece te forçar a passar pelo pior porque sabe que é assim mesmo e todo mundo sobrevive.

Seasick


A little time after you leave
And the seaport wind blown cold
All these little quiet welcomes
Were gone without a single note

I rolled myself into my flannel coat
And made a house with steps in dry land
Washed and acquitted from this old world
Night and day now goes by in full length

And the sky endued in red
Unfolded in blue
And trembled with cold
One day back from the ride
And the sun will safely rise

The lonely lighthouse light
Drawed the whole destiny to me
As children needs a guide
That will never plan to steer clear

Some grown to be fearless sailors
And sail along with their detached dreams
I watched in silent hope and sighed
For the course of all those might-have-beens

And the sky envolved in light blue
Ended in yellow
And yelled in despair
One day back from the fall
And'll show how real is the ground

Bomba-relógio


Eu olho pro sofá onde costumávamos ver TV, mas não consigo chorar. Eu olho pro videogame na sala onde zeramos God of War III juntos numa tarde, mas não consigo chorar. Eu olho pro controle remoto que eu sempre ficava vigilante para que não caísse nas mãos dele, (Afinal quem manda aqui sou eu e queria deixar isso claro), mas não consigo chorar. Eu olho pro fogão onde eu só mexia pra fazer a melhor omelete de todas no café da manhã (O que denunciava meu apreço), mas não consigo chorar. Eu olho pra pia do banheiro onde ele fazia a barba porque eu pedia (Curiosamente o prestobarba ainda está lá aguardando seu dono), mas não consigo chorar. Eu olho pro ralo do box que ainda tem alguns fios de cabelo dele, mas não consigo chorar. Eu olho pro meu shampoo favorito pela metade depois do uso abusivo por ele e que me irritou um pouco, mas ainda não consigo chorar. Eu olho pro lado da cama onde ele dormia (Que ainda tem o cheiro dele), mas não consigo chorar. Eu olho pro meu ipod que ele pegava pra avaliar as bandas que eu ouço e ver se tinham novas, mas não consigo chorar. Eu olho pro livro que ele passou meses tentando me convencer a começar a ler e finalmente me deu de presente no dia do meu aniversário, mas eu não consigo chorar. Eu olho pra cabeceira onde ele deixava seu relógio (Cada dia um diferente), mas ainda não consigo chorar.

Foi foda, amor. A porta sempre esteve destrancada porque eu sabia que uma hora você ia querer sair e, juro, não teria problema nenhum em voltar se fosse o caso. Não sei qual foi a sua necessidade em arrombá-la e me fazer arcar sozinha com o prejuízo. Foi foda pra caralho ter se arrancado de mim quando podia só ter se desgrudado sutilmente. Ainda não consigo chorar porque talvez esteja em choque e não saiba ainda como reagir, nem no que vai dar, meio como foi quando te conheci. Não tinha ideia de como me comportar frente a uma batida tão forte de alegria que chegou a ser atordoante, o que a perda não está sendo. Pelo menos ainda. E que hora pra sair, hein? Por ser agosto, é claro que eu sinto frio com a porta arrombada. É claro que eu sinto falta do corpo que ficou grudado em mim durante esse tempo e que se arrancou brutalmente como se tivesse sido colado com superbonder. Cheio de elementos químicos altamente inflamáveis por toda parte e eu ainda não consigo explodir, meu amor. Mas, se eu bem me conheço, não fique perto pra saber o que vai acontecer. Vai ser o inferno de dante pra todo lado. Mas, por enquanto, permaneço imóvel e em silêncio sem conseguir chorar.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012



A tempestade está vindo, mas eu não me importo
As pessoas estão morrendo, eu fecho minhas cortinas
Tudo que sei é que estou respirando agora
Eu quero mudar o mundo, ao invés disso eu durmo
Eu quero acreditar em algo mais além de eu e você
Mas tudo o que eu sei é que estou respirando
Tudo o que eu consigo fazer é continuar respirando
Tudo o que podemos fazer é continuar respirando agora


Agora
Agora
Agora


Tudo o que eu sei é que estou respirando
Tudo o que eu posso fazer é continuar respirando
Tudo o que podemos fazer é continuar respirando
Tudo o que podemos fazer é continuar respirando
Tudo o que podemos fazer é continuar respirando
Tudo o que podemos fazer é continuar respirando


Tudo o que podemos fazer é continuar respirando
Tudo o que podemos fazer é continuar respirando
Tudo o que podemos fazer é continuar respirando
Tudo o que podemos fazer é continuar respirando


Tudo o que podemos fazer é continuar respirando...


...Agora.