O mundo pode ser cruel o quanto o for conveniente ou seja apenas a natureza das coisas. Alegrias violentas têm fins violentos, já dizia Shakespeare. Tudo o que vai, volta. Normal. Naturalmente se chora a perda de algo apenas por ser aquilo que o é. Nem mesmo se considera vê-la de outro ângulo, como virar uma peça de quebra-cabeça até que se encaixe no espaço. O senso comum determina um suposto sentido considerado certo e tudo ao contrário daquilo é errado. O mundo é preto, ou é branco. É feliz aquele que ri, e aquele que não esboça nem uma entortada no canto da boca é infeliz. E a infelicidade é certamente uma maldição. De forma egocêntrica, a perda dói e tudo que dói é ruim. Somos levados a acreditar a vida inteira que tudo que é ruim é necessário ser evitado, ao invés de ser enfrentado para saber como lidar, e então crescer e qualquer outra circunstância dolorosa ser superada com mais facilidade, ou até nem se tornar uma circunstância relevante futuramente e resolver isso depende de cada um. Existem 256 tons de cinza não é a toa e a intensidade das coisas é relativa. Você vira o problema de cabeça pra baixo ou você fica de ponta cabeça para encará-lo ou procura qualquer outra solução que te satisfaça completamente até que possa, de certa forma, confortar e amenizar a urgência por um espaço para respirar em uma atmosfera rarefeita.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário