Tudo que me excita, também me assusta. Eu posso ter a maior felicidade de todas e celebrá-la, mas sempre vai existir um pedaço de mim que vai chorar de pavor no meio disso tudo, como se estivesse presa a uma grande covardia que inibe todo e qualquer raio de luz de euforia por ser pesado ou por ser finita. Preciso aprender a aceitar a felicidade como a consequência voluntária do meu próprio eu, e não como mera sorte porque, a partir do momento que algo vem do nada, se pode perder também do nada, ou apenas ter a sensação de que é um castelo de areia se desmanchando impunemente. Eu gosto de ter o teto para bater minha cabeça e o chão para bater meus pés. Faço de tudo, mas me sinto ingrata às vezes por me lamentar quando não devia, meio como se eu desprezasse o sopro fresco da euforia e desse um peso maior a miséria que futuramente pode vir, se vier. Não consigo pensar em mais nada que não seja no desperdício de sentimento de realização em sua plenitude ainda que só por um segundo para aguardar o sentimento de fraqueza, mas eu sempre espero pelo lado caótico e desorganizado da situação ao invés de desfrutar da estabilidade conquistada em duras penas.
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nao se martirize. nao dá pra ser perfeito o tempo todo :)
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